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15 de agosto de 2025
Smarthis | Patrocinadora Platinum Gartner CIO & IT Executive
A Rio Innovation Week 2025 reuniu líderes, empreendedores, pesquisadores e empresas para debater o futuro da tecnologia, da inovação e do impacto social no Brasil. Entre os temas mais discutidos, estiveram a inteligência artificial, a governança em startups, a inovação aberta e iniciativas que conectam tecnologia à transformação urbana.
Mais do que um palco de tendências, o evento reforçou como o Rio de Janeiro se posiciona como hub estratégico de inovação na América Latina — especialmente com projetos de impacto direto na sociedade e na economia.
Um dos pontos de destaque foi a importância de implementar um “MVP da governança” em startups. Embora muitas empresas nascentes não contem com estruturas robustas, mecanismos básicos — como conselhos consultivos e controles financeiros — são diferenciais que garantem credibilidade junto a investidores.
Casos de sucesso mostraram como contratos de vesting e estruturas de conselho podem acelerar o crescimento sustentável, enquanto a falta de preparo ainda leva muitas startups à informalidade e ao fracasso. O recado foi claro: governança não é burocracia, mas sim estratégia para crescer com sustentabilidade.
Seja em grandes corporações ou em startups, a IA esteve no centro dos debates. As apresentações mostraram como a tecnologia pode revolucionar processos internos, automatizar resumos executivos e acelerar a identificação de oportunidades de venda, especialmente em setores complexos como compras públicas.
Já no campo das startups, a discussão destacou como as LLMs e agentes de IA estão tornando a prototipagem mais ágil, acessível e escalável. Esse movimento aponta para uma possível transição do modelo SaaS para modelos centrados em agentes como negócio.
Outro destaque foi a Unilever, que já utiliza IA para tarefas do dia a dia (como resumos de e-mails via Copilot), mas também para análises complexas de impacto de campanhas, explorando até personas sintéticas baseadas em comportamentos — sempre em conjunto com metodologias tradicionais de pesquisa.
As deeptechs também ganharam espaço, reforçando o papel das tecnologias de fronteira — como IA avançada, IoT e computação quântica — em setores estruturantes da sociedade. Essas empresas, de base científica, exigem alto investimento e maturação de médio a longo prazo, além de integração com apoio público para ganhar escala.
O evento não se restringiu à tecnologia digital. Iniciativas como Arquitetos da Favela mostraram como a inovação pode transformar comunidades. Projetos de regularização fundiária, turismo comunitário, reciclagem e habitação foram apresentados como alternativas para promover dignidade, sustentabilidade e inclusão social no Rio de Janeiro.
Um dos anúncios mais estratégicos foi o projeto Rio AI City, que pretende posicionar a cidade como epicentro de IA e datacenters no Brasil. A iniciativa busca repatriar dados hoje armazenados fora do país e aproveitar a localização geográfica privilegiada do Rio para conexões nacionais e internacionais.
Mais do que infraestrutura, trata-se de soberania e eficiência no processamento de informações: manter dados localmente pode ser decisivo para a competitividade.
A Rio Innovation Week 2025 deixou claro que crescer e inovar exige equilíbrio entre tecnologia, governança, experimentação e impacto social. Seja em startups, scale-ups, grandes corporações ou iniciativas urbanas, os desafios são diferentes, mas o caminho é o mesmo: adaptação contínua, confiança nos dados e abertura para novas formas de pensar e fazer.
Empresas que desejam se manter competitivas devem olhar para o que foi discutido no evento como uma oportunidade de antecipar tendências e transformar estratégia em ação.
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